O Presidente da Comissão de Arbitragem da LPFP foi convidado a pedir a demissão por alguns dirigentes desportivos (por exemplo o Sporting), na sequência das suas declarações sobre o clima de suspeição que se tem abatido sobre os árbitros.
Podemos ou não estar de acordo com o que disse, mas a verdade é que o espectáculo e indústria que, hoje em dia, é o futebol, tem sofrido de mais, por parte daqueles que vivem (alguns sobrevivem) à custa do próprio futebol.
Todos se acham habilitados a criticarem as actuações dos árbitros, dos treinadores, dos jogadores, dos dirigentes desportivos.
A comunicação social é impiedosa ao focar constantemente erros, o que leva a que os receptores (opinião pública) comecem a desconfiar (tipicamente português - verdade é o que vem nos jornais, nas rádios e televisões) da verdade desportiva.
Curiosamente acontece que quando em directo esses mesmos fazedores de opinião, têm sempre muitas dúvidas sobre os lances e pedem ajuda aos seus colegas que assistem pela televisão que confirmem se o lance foi ou não bem ajuízado. O mesmo acontece ao mero espectador e segundo se ouve até pelos próprios observadores das equipas de arbitragem.
Para se acabar com este clima deve-se começar por proibir as televisões de, em directo ou em diferido, repetirem até à exaustão as imagens. Apenas poderiam passar a imagem corrida, e que cada um formulasse as suas opiniões. Se calhar não haveria tantas dúvidas e os erros, a maioria deles, nem sequer eram detectados (porque, diga-se a verdade, nos estádios a maioria deles não são detectados pelos espectadores).
Temos também de reconhecer que os árbitros têm dias maus e bons, como todos os temos na nossa vida pessoal ou profissional.
Acredito que Vítor Pereira, como todos os outros que o antecederam no cargo, faz o melhor que pode e sabe para credibilizar a arbitragem e o futebol.
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