O Dr. Hermínio Loureiro, na revista Visão, refere: "Se queremos dar boa imagem do futebol, defender a verdade desportiva e ser credíveis perante a sociedade e os adeptos, tem de haver rigor e exigência. Só estarei satisfeito quando o campeonato decorrer sem qualquer situação de incumprimento. Mas é preciso dizer que a auto-regulação do futebol é injustamente criticada."
A questão que se coloca é se é legítimo haver participantes nos campeonatos profissionais que não conseguem cumprir com as suas obrigações com o Estado e com os atletas profissionais.
Naturalmente a resposta é que quem não consegue suportar os custos do profissionalismo, não deve competir nesse escalão.
Mas os custos com o profissionalismo só têm a ver com as despesas com o Estado e atletas profissionais? Ou terá, também, a ver com os custos com os fornecedores, demais funcionários e cumprimento atempado de todas as obrigações, nomeadamente com as instituições de crédito. Isto é, com o rigoroso cumprimento do orçamento de base zero?
Mas para que isso possa ser efectivamente implementado, primeiro não terão que se equilibrarem as receitas institucionais auferidas pelos participantes, nomeadamente os direitos televisivos e os apoios (directos e indirectos) do Estado?
Se queremos transparência na indústria do futebol, ter-se-á de caminhar para um equilíbrio das receitas institucionais. Se isso não vier a acontecer o fosso será ainda maior e a competição ressentir-se-á, levando a que cada vez mais menos pessoas assistam aos jogos dos nossos campoenatos.
Sem comentários:
Enviar um comentário