A minha despedida ... (temporária?)

Por motivos profissionais vou ter de emigrar, pelo que durante esse período de tempo estarei ausente de Vila do Conde e de Portugal, acompanhando o meu clube à distância (órgãos de comunicação social e, principalmente, pela net).

Por isso deixarei de colaborar neste blogue, agradecendo o convite que me foi oportunamente e, de bom grado, aceite.

Aqui apenas deixei as minhas opiniões, se bem que modestas, sobre o Rio Ave FC presente e futuro.

A última palavra vai para o Rio Ave FC - que espero se mantenha na Liga Sagres por muitos e longos anos (significa êxitos desportivos e sem hipotecar o futuro financeir, amente) - e para todos os seus directores e profissionais: honrem o nome do clube e não se esqueçam das palavras do seu hino: "lutar, lutar ..., vencer, vencer ...).

A quem perdeu algum do seu tempo a ler as minhas opiniões e ou a comentá-las os meus mais sinceros agradecimentos.

Viva o Rio Ave FC.

Que dizer ...

A bola ainda não rolou a sério e já existe muito para pensar.

Alguém acredita que o Rio Ave FC conseguirá arrecadar a quantia de quatro milhões de euros numa época?

Alguém acredita que um mecenas cairá do céu?

(Parece-nos que já vimos este filme em algum lado - como repetição é mau, mesmo mau).

O que se passa nas excelentes relações com o FCPorto e SCBraga? E com o Boavista, Vizela, Gondomar e Estrela da Amadora (clubes que foram obrigados a deixarem de ser profissionais)

O FCPorto já pagou a transferência do Miguel Lopes? (não me falem em letras - essas leva-as o vento, foi assim no passado)

Acreditamos na palavra do Presidente da Direcção: pagamento dos salários até ao último dia do mês, obras no estádio a custo zero - por isso temos razão para estarmos expectantes e acreditarmos que o clube não aumentará o seu endividamento (não o contabilístico, mas o real).

Agora a bola que comece a rolar. Estamos mortinhos pela deslocação a Leiria (primeira jornada)

Transmissões ...

O jornal O Público traz um interessante artigo sobre os direitos televisivos relativos ao "mundo" do futebol português.

Do aí referido nota-se uma enorme disparidade entre as receitas que os vários clubes recebem. Todos percebemos que na partilha desse bolo tem de se ter em conta a grandeza dos clubes, as audiências, etc. etc.. Contudo não nos podemoes esquecer que os jogos dos "grandes" e dos "médios" só dão porque jogam com os "pequenos". Estes também fazem parte dos jogos com grande audiência. Então porquê manter-se a actual disparidade na distribuição dessas receitas? Em primeiro lugar porque os clubes não negoceiam os direitos televisivos num todo e fazem a distribuição internamente. Como bons portugueses que somos, cada clube/sad negoceia directamente. E aí, claramente, os clubes ditos "pequenos" ficam a perder.

Numa altura em que a LPFP anda a pugnar por campeonatos em que não haja distorção da concorrência (luta contra os salários em atraso, orçamentos de base zero e rigoroso cumprimento dos pressupostos financeiros, etc.) seria bom que se regulasse esta receita, que a mesma fosse negociada pela LPFP, nem que essa obrigatoriedade fosse só daqui a cinco, dez ou quinze anos (e isto porque como se sabe os contratos já existentes são de médio e longo prazo e existem emblemas que já receberam por conta de anos futuros).

Este raciocínio tanto vale para a Liga Sagres como para a Liga Vitalis.

No interesse da competição, de mais e melhor futebol profissional em Portugal haja coragem de mudar.

E aí está o calendário 2009/2010 ...

O sorteio para a presente época desportiva foi o oposto do da época passada. O Rio Ave FC vai jogar os jogos com as equipas que, em princípio, irão disputar os três primeiros lugares do campeonato, nos úlitmos seis jogos da primeira e segunda volta.

A "táctica" do Rio Ave FC na presente época desportiva terá de ser o tentar amealhar o maior número de pontos no início da primeira e segunda voltas do campeonato.

Estamos convencidos que a preparação física e técnica do Rio Ave FC, a começar pelo estágio que hoje tem início em Ofir, terá em conta este calendário. Não é, por isso, de espantar que o Rio Ave FC tenha um início de época fulgurante. Enquanto isto o plantel do Rio Ave FC vai-se construindo, melhorando o que pelos responsáveis (dirigentes e treinadores) acham que deve ser melhorado, para que a época desportiva seja tranquila e rapidamente se alcancem os pontos necessários à manutenção - objectivo claramente assumido por todos.
Esta semana será decisiva para a escolha definitiva do plantel, com a identificação clara dos atletas que deverão ser cedidos ou dispensados (não porque o seu valor seja inferior ao dos restantes, mas porque não se encaixem nos planos técnico-tácticos dos treinadores). Por isso é natural que apareça um nervoso miudinho em alguns dos briosos atletas do Rio Ave FC.

Folhetins ...

Todos os inícios de época, os diversos clubes que disputam os campeonatos portugueses, são alvo de informação e contrainformação, casos há que se tornam em verdadeiros folhetins. O Rio Ave FC não foge à regra e este início de época teve, pelo menos, um folhetim: "Niquinha". Profissional do Rio Ave FC durante doze (?) épocas consecutivas, em todas elas representou o clube com grande profissionalismo e dedicação. O clube não tem qualquer razão de queixa do atleta e este, presumimos, também não tem qualquer razão de queixa do clube, pois os seus salários foram-lhe pagos e as condições que lhe foram proporcionados foram idênticas a todos aqueles que rumaram a Vila do Conde para jogar futebol do Rio Ace FC. No defeso através da imprensa, blogues (aqui se destaca a campanha do "reisdoave") e alguns sócios foi feita uma verdadeira idolatração do atleta.

Abrindo uma excepção à nossa atitude relativamente à política de informação sobre contratações e dispensas, faremos uma breve referência a uma:

Apesar do que vem escrito nestes últimos dias, não nos espantava nada que Niquinha seja um dos próximos reforços a anunciar brevemente.

Nova época ...

Hoje a bola rolou no Estádio do Rio Ave.

Os contornos da equipa do Rio Ave FC que vai disputar a Liga Sagres 2009/2010 estão praticamente definidos, com um outro ajuste que, segundo palavras dos dirigentes, estão já equacionados. Apenas estão à espera do momento ideal para a sua apresentação.

Hoje foi dia de alegria e de muita esperança. Alegria para quem o futebol faz parte do quotidiano. Esperança para os adeptos e direcção em alcançarem rapidamente a manutenção. Esperança para os jogadores na conquista num lugar no onze principal. E esperança para os treinadores em que as suas opções dêm os resultados que todos estão à espera. Todos estes estados de espírito são normais nos arranques das épocas desportivas.

Ausência notada de Henrique Maia, que pelas informações obtidas, está a gozar um merecido e curto período de férias.

De resto tudo parece estar operacional.

Início da época 2009/2010 ...

Formalmente a época desportiva de 2009/2010 começa hoje.

Como tem sido apanágio nos últimos anos no futebol profissional lusitano, o início da época é envolto em incertezas e controvérsias, o que em nada abona o nosso futebol.

Os juristas dos participantes nas provas profissionais andam numa roda viva, por um lado discutem os regulamentos (parece que existe a obrigação de todos os anos mexerem nos regulamentos e depois verifica-se que ainda não servem - a quem e porquê? é que não se percebe), por outro lado esgrimem todo o tipo de argumentos legais e regulamentares e arquitectam as mais variadas soluções para que o seu representado permaneça no escalão que está a participar ou suba de escalão.

Os atletas profissionais também ajudam um pouco a esta situação, quando declaram em troca de cheques pré datados que receberam os seus ordenados (o que desvirtua claramente os regulamentos vigentes), mantêm-se ao serviço da mesma entidade patronal e depois durante a época desportiva não param de se queixar de salários em atraso, aparecendo o sindicato a reclamar .

E com isto a caravana vai passando e ano, após ano o número de espectadores nos estádios vai diminuindo.

Somos dos que acreditamos que no Rio Ave FC o número de espectador vai aumentar, quer pelo prestígio do clube, pela qualidade do seu futebol, pelo bairrismo das nossas gentes e por acreditar na capacidade da direcção em cativar os muitos vilacondenses que, por esta ou aquela razão, ainda não se fizeram sócios do clube.