Na verdade dos digo, todos temos que questionar se vale a pena ou não continuar a assistir ao triste espectáculo que o futebol luso nos proporciona jornada após jornada.
As equipas da Liga Sagres são profissionais (ou dizem sê-lo). Podem treinar de manhã, à tarde e/ou à noite. E que futebol apresentam? Mau, péssimo a envergonhar qualquer um.
O Rio Ave FC lá foi a Matosinhos defrontrar um Leixões muito longe do da época passada. Limitou-se a defender o zero a zero, acreditando que num lance individual pudesse marcar (e esteve quase a fazê-lo merecidamente). O Leixões queria, mas via-se que não podia. Na primeira parte apostou tudo no seu lado esquerdo, mostrando algumas fragilidades na nossa defesa (lado direito). Estranhamente na segunda apostou no lado contrário (seria para aproveitar a sombra?) e os resultados foram ainda mais ténues. O Rio Ave por seu turno limitou-se a gerir o resultado e o tempo, apenas sofrendo alguma pressão (natural) após a expulsão de Wires.
Fábio Faria, com apenas um a dois erros (um deles comprometedor) durante todo o jogo, mostrou que está em boa forma, tapando bem o seu lugar e indo inúmeras vezes dobrar os restantes companheiros da defesa, algumas com cortes "in extremis" - tem sido uma agradável surpresa.
Wires muito bem, até à expulsão, bem como André Vilas Boas.
Chidi remou contra a maré, mas um avançado (de centro? que não é!) que não recebeu uma única vez a bola de frente para a baliza pouco ou nada pode fazer (os extremos vilacondenses praticamente não cruzaram uma bola) .
Positivo mesmo: a paciência e espírito de sofrimento (masoquismo?) dos adeptos do Rio Ave FC; o ponto conquistado (que, verdade seja dita, é o fundamental neste pobre futebol lusitano); e, apesar de tudo, viu-se uma melhoria no conjunto verde e branco.
Sem comentários:
Enviar um comentário