A Direcção da Liga Portuguesa de Futebol Profissional reuniu na passada terça-feira para, entre outros assuntos, analisar a sua participação no Fundo de Garantia Salarial, reivindicação antiga do Sindicato de Jogadores.
O Rio Ave é membro efectivo da Direcção da LPFP e, tanto quanto sabemos, esteve presente nessa reunião.
O Dr. Hermínio Loureiro informou que todos os pontos analisados foram aprovados por unanimidade e que a adesão ao Fundo de Garantia Salarial, foi aprovada por unanimidade por aquele órgão e vai ser um assunto a levar a próxima Assembleia Geral. A ser verdade o Rio Ave votou favoravelmente.
Das duas uma, ou a aprovação por unanimidade da Direcção da LPFP é para ganhar tempo e acalmar as águas reinvidicativas por causa da situação do Estrela da Amadora, ou anda tudo a ver a bola a passar.
Em caso algum a LPFP deve, directa ou indirectamente, ser um apoio para pagamentos de salários dos jogadores. A sua função é organizar os campeonatos de forma independente, previlegiando a liberdade contratual dos participantes e a sã concorrência dos campeonatos que organiza, e não ser um "seguro" para os incumpridores.
Imaginemos os clubes que passam realmente por verdadeiras dificuldades, os da Liga de Honra, por hipótese recorrerem todos, ao mesmo tempo, a esse mecanismo. Não há verbas que cheguem. E se se paga a uns e não a outros, a sã concorrência é desvirtuada com a colaboração da própria entidade que organiza os campeonatos.
Não, o caminho para combater os salários em atraso não é esse. Não pode ser esse.
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