sexta-feira, 29 de maio de 2009

A saga continua ...

Os dirigentes do futebol profissional vão-se reunir hoje, continuando a última sessão da Assembleia Geral da LPFP.
Em causa poderá estar o futuro próximo de alguns emblemas. Dizemos poderá estar porque como tem vindo a ser noticiado, alguns emblemas têm recorrido a um mecanismo interessante: emitem cheques a favor dos jogadores, com pagamentos dilatados no tempo, e em contrapartida os atletas e treinadores assinam os recibos de quitação dos salários. Legítimo?
Sem colocarmos em causa a seriedade e a boa intenção de todos, esta solução se aceite pela grande maioria dos intervenientes, tem um significado muito especial: os profissionais do futebol estão-se a borrifar para a concorrência leal dos participantes nas ligas profissionais e para o que o sindicato dos jogadores tem vindo, com muito alarido, a defender. Se este cenário estiver a acontecer, aos dirigentes da LPFP só lhes resta um caminho, voltar atrás e repôr a situação de inscrição aos parâmetros da época de 2008/2009.
Outra hipótese que se coloca - e esta mais fácil de acontecer - é o boicote que alguns emblemas têm vindo a fazer (verdadeira retaliação) às propostas apresentadas pela Direcção da LPFP, havendo clubes que fazem parte desse orgão e que na Assembleia Geral são contra essas medidas, alguns mudando de opinião durante a própria sessão (será por serem reféns de algum dos grandes? Porque durante as sessões recebem chamadas a lembrarem o que é melhor para eles?). Para se evitar estas situações a LPFP devia pensar em limitar o número de atletas profissionais por emblema, o número de atletas que cada um dos emblemas pode ter por cedência, aumentar o valor da inscrição dos atletas cedidos, etc.. Caso assim não procedam, dentro em breve (em parte já acontece) vamos ter um campeonato principal entre as equipas, por exemplo, FCG A, FCG B, FCG C, FCG D ..., e GDV.
Por tudo isto, está na hora de os dirigentes das ligas profissionais terem muito juízo, saberem defender o que é melhor para o futebol nacional, sob pena de os adeptos não acreditarem, ainda mais (será possível?), no futebol praticado neste canto da Europa.

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