Não andarei muito longe da verdade se disser que o Rio Ave FC deve ter, actualmente, cerca de 2.500 sócios efectivos.
Ao longo dos anos têm sido desenvolvidas, pelas direcções, acções de captação de novos associados, as quais não tiveram muito êxito.
O Rio Ave FC não consegue captar muitos sócios na sede do concelho e muito menos nas freguesias.
O concelho de Vila do Conde é profícuo em número de associações desportivas e culturais. Rara é a freguesia que não possui pelo menos duas instituições. Acresce que existem competições organizadas a nível concelhio. Facilmente se percebe que aos fins-de-semana os vilacondenses se repartam pelas inúmeras iniciativas no concelho, não podendo estar em duas ao mesmo tempo. Esta realidade é tão evidente que por vezes, quase à mesma hora, os espaços desportivos mesmo na sede do concelho estão em actividade com competições de cariz nacional. Tal facto, naturalmente, retira o interesse de algumas pessoas por algumas das actividades, não se tornando sócios das colectividades. Actualmente existe ainda a concorrência das transmissões televisivas.
Um clube de futebol profissional com um número tão reduzido de sócios tem inúmeras dificuldades de sobrevivência.
A pergunta é: o que fazer para angariar mais associados para o Rio Ave FC.?
5 comentários:
Face às inumeras ofertas para os fins-de-semana que se proporcionam, felizmente, hoje aos jovens, é dificil de se os cativar para serem sócios de um clube como o Rio Ave. Mais facilmente aderem ao Porto (ganha, é campeão, tem a imprensa do seu lado, a deslocação com os meios de transporte actuais é de fácil acesso, etc) do que ao RA. Ou são os pais que os "encaminham" ou então não aparecem.
Como resolver este problema? Por exemplo, ir semanalmente às escolas, desde o primeiro ciclo às secundárias, aí fazerem jogos diversos sobre o clube e quem os ganhar ter direito a entrada grátis durante uma época; oferecer bilhetes aos jovens para a bancada nascente.
Um sócio que entre, é uma conquista, uma vitória da direcção, do clube.
A captação de novos sócios não pode continuar as ser efectuada por pessoas que gostam do clube, mas que pouco percebem desse assunto. Terá de ser feita por profissionais.
Passa por exemplo por meter o calendario de futebol de inter-freguesias a jogar ao Sábado para muitos dos que jogam e assistem possam ao Domingo terem disponibilidade para assistir ao RA, passa pelos próprios sócios tentarem cativar novos associados( iamaginem cada sócio arranjar apenas um novo sócio, rapidamente duplicavamos o numero de associados),passa por aproveitar convenientemente as subidas de divisão ou momentos altos do clube(aproveitar a euforia)para iniciar campanhas agressivas de conquista de novos sócios, etc,etc,etc...
Numa sociedade cada vez mais individualista, em que cada cidadão olha só para o seu umbigo, que se preocupa apenas em si, não é fácil tornarem-se sócios de clubes tipo RA. Estes clubes não lhes oferecem nada, nem vitórias nos campeonatos, nem grandes jornadas europeias. Por isso, só vão para sócios se as quotas compensarem, para verem depois Porto, Benfica e Sporting.
Já agora pergunto: os atletas das camadas jovens do RA são sócios? Podia-se começar por aí.
Num concelho com cerca de 75.000 habitantes conseguir que 10% dessa população seja filiada pagante nos dias que correm é um sonho ainda longínquo. Se nos próximos 5 anos conseguirmos alcançar os 5.000 sócios pagantes já será muito bom.
Em Janeiro assinei a proposta para uma nova associada. Tem o número 5.200, tal só é possível porque a última actualização teve lugar há doze anos, se não estou em erro.
O artigo 122º é claro neste ponto. As numerações dos sócios serão actualizadas pelas Direcções de cinco em cinco anos.
Ao que parece esta direcção prepara-se para actualizar a numeração dos associados. Deve também fazer um cadastro daqueles que não mais se interessaram em manter como associados.
O artigo 38º diz que a readmissão de “sócios eliminados ou demitidos só poderá ocorrer volvido um ano sobre a data da sua exclusão”. Mais: “§ 3.º - A nenhum sócio pode ser concedida mais do que uma readmissão”.
Entendo que na próxima AG a direcção deverá solicitar aos associados presentes no interesse do clube uma excepção temporária a este artigo: permitir que sócios que tenham sido excluídos mais do que uma vez seja de novo admitido devendo pagar um valor correspondente a doze meses de quotas para a categoria que pretende aderir. E durante dois anos não poderá subir de categoria, apenas baixar.
Eu sei e toda a gente sabe que anda por aí muita gente que já se fez sócio por mais do que uma vez. Três, quatro, dependendo das subidas.
E eu já ouvi e muita gente já ouviu outros perguntarem: “para quê fazer-me sócio se mais tarde ou mais cedo eles abrem os portões?”
Há ano e meio numa AG seis associados tomaram a palavra por causa da política dos portões abertos. Nestes anos quem assiste às AG’s ter seis associados que tomem a palavra apenas por causa de uma assunto é algo que não se vê há talvez vinte anos.
Para cativar os associados é preciso:
- Acabar com a política dos portões abertos;
- Distribuir bilhetes nas escolas mas não aos encarregados de educação (basta estarmos atentos e vê-los a começarem a abandonar as bancadas a um quarto de hora do fim;
- Acabar com os sócios temporários (se quiserem ver o Porto, Benfica e Sporting que instalem a Sporttv ou vão ao café);
- Promover a venda de material alusivo ao clube em pontos espalhados pelo concelho (a Secretaria não é um centro comercial nem deve ser);
- Banir sócios que entram com o cartão de sócio do clube e o cachecol de um dos três estarolas (má influência para os mais novos, não transmitem mística);
- Organizar em conjuntos com outros promotores concertos no estádio na época do verão (foi assim de durante anos o Sporting cativou novos adeptos que nada ligavam ao futebol, além de rentabilizarem o espaço);
- A direcção deve adoptar uma atitude ganhadora, chega de lutarem pela manutenção, lutem pela manutenção e pela conquista de uma das taças;
- Dar cumprimento ao estipulado no artigo 3º. Criar equipas femininas de futebol de 11, 7 e 5 nos vários escalões. Criar uma equipa masculina de futebol amador constituída apenas por sócios com mais de dois anos de filiação que participe também no campeonato de aldeias. Criar equipas constituídas unicamente por sócios que participem nos torneios do concelho de futsal e futebol de salão. Promover, mais uma vez, o futebol de praia. Tudo isto para os sócios e não ex. atletas dos clube.
Pergunta: quantos desses novos associados assistiram a um jogo fora do clube? e quantos foram à Luz ou ao Dragão? E irão a Alvalade? Ou estão à espera que o grandes voltem cá no próximo ano?
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