quarta-feira, 25 de março de 2009

E porque não ...

Parece-nos que existe unanimidade sobre a falta de competetitividade leal, justa e sã nos campeonatos profissionais de futebol em Portugal.
As causas dessa distorção são muitas e variadas.
Desde logo os salários em atraso, os passivos dos clubes, a diferença de tratamento dos competidores pelos órgãos de comunicação social (escrita, falada, visionada ), etc., etc..
Existe contudo o sentimento generalizado que o futebol profissional em Portugal resume-se a três clubes (denominados os três grandes), com um ou outro outsider que aparece num ou noutro ano, e o resto é paisagem, só lá estão para preencher calendário. Clubes estes que os denominados três grandes até se dão ao luxo de cederem jogadores (sem se saber a troco de quê e com que custos futuros). E, assim, a caravana vai passando alegre e sorridente. Até que ...
Em Portugal discute-se, na actualidade, a alteração aos quadros competitivos (profissionais e amadores) no futebol. É a ocasião certa para se saber qual o rumo a dar ao nosso futebol profissional.
Porque não pensar-se numa alteração profunda, que vai ao agrado dos três grandes e da maioria dos restantes clubes: haveria um campeonato a três, com o número de voltas que entendessem e que determinaria o emblema que ia jogar a Liga dos Campeões e dois outros, uns a disputarem os lugares de acesso às outras competições europeias e outros a disputarem a manutenção nos campeonatos profissionais e o acesso à liga imediatamente acima.
Caso fosse aprovada esta alteração, ao fim de um ano perceber-se-ia que os três grandes afinal não são tão grandes, que existe futebol com qualidade para além dos ditos três grandes, que os árbitros até têm qualidade (porque só a não têm quando erram contra um dos três grandes), que a comunicação social não precisa de outros emblemas que não os três grandes, que os restantes emblemas também têm sócios, simpatizantes e público a assistir aos seus jogos.
Chega de vassalagem.
Há coragem?
E por que não?

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